Monday, October 30, 2006

Lamúria


Profundamente e em silêncio, olhando o céu, lembro-me das ondas, que me levam,
juntamente com as minhas memórias já parcialmente esquecidas.
Intrínseco nesse momento um sorriso flutua nessa brisa,
subindo e descendo e morrendo dentro de mim.

Nunca havia antes reparado,
durante todo este tempo
o que guardava cá dentro...
aquilo que nao conseguia ver
algo que nem consigo descrever.

E essas ondas que me levam, levam tambem tudo o que me sufoca,
tudo o que magoa dentro de mim.
Para além deste horizonte está o meu sonho,
guardado pelo murmurar de vozes choramingando ao vento.

Avista-se ainda uma tempestade, que se refunde
em todos estes pensamentos que me surgem quando tento adormecer.
Quando me dou conta estou olhando de novo para o céu,
e uma corrente de ar passa...

2 comments:

Anonymous said...

O mar sempre foi alvo de muitos dos meus estados de espiríto, por isso comento este teu post, retribuindo com um poema meu sobre o mar:

Noctívago balanço marítimo

apaziguado por algas e afins,

resume a verdade em mim!

Faz-me sentir os remorsos

dos barcos afundados por ti,

recolhe-me no teu fundo e

mostra-me esse mundo

na sonolência profunda de quem não gosta de mim,

beija meus pés com espumantes ondas arenosas

e diz-me antes que morra a cor dos meus olhos,

no vai e vem da vida o mais importante é desvendar

a verdade nua e crua

escondida dentro de ti, meu mar

Madeira Inside said...

Humm....lamúrias!!!
Olha sempre para o céu!! Sempre que te apetecer!

:)))

Beijinhos meu queridinho:)